quarta-feira, 30 de junho de 2010

Crônica de bairro

Eu não conseguia entender o que realmente acontecia na casa da professora Márcia.
Minha mãe chegou ofegante louca para contar os últimos acontecimentos. Ontem a noite chegou um carro da reportagem do jornal Diário Popular, a rua encheu de curiosos, mas todos foram dormir frustrados, depois de meia hora dona Mareia e o seu Joaquim foram no portão acompanhar as visitas e nada de diferente aconteceu ,vai ver era algum ex aluno dela. Seu Joaquim é comerciante, tem uma lanchonete na Lapa, adora falar que na casa dele mora uma família de fantasmas. Eu não acreditava nisso até hoje, estava tudo quieto quando seu Joaquim saiu correndo para o quintal gritando para a dona Márcia, está vendo! Você provocou a ira deles. Eram os tais fantasmas quebrando tudo. As louças caiam pelo chão como se alguém tivesse jogando, os móveis eram arrastados e batiam portas como se alguém sentisse muita raiva, os dois estavam desesperados. Então a dona Wilma que é espírita desceu a rua e falou que já havia chamado um amigo para resolver o problema. Logo em seguida chegou um homem moreno vestido de branco cheio de colares coloridos com uma sacola cheia de velas, fez um desenho no chão, acendeu muitas velas coloridas, fez umas orações explicou para os dois, o que estava acontecendo e depois de algum tempo reinou o silencio novamente. Tudo ficou resolvido. O pai de santo foi embora e os fantasmas seguiram para a luz.

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